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Como lidar com crianças desafiadoras?

  • Foto do escritor: Sileli Santiago
    Sileli Santiago
  • 13 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura



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Seu filho é desobediente e desafiador? Tenho sido procurada na clínica, com muita frequência, por mães que buscam respostas e intervenções para diminuir as birras de seus filhos. Discordar e ficar irritada são atitudes normais e, até mesmo, esperadas quando uma criança é contrariada. Mas há casos em que a desobediência ganha contornos severos. A agressividade, a irritação, e os comportamentos vingativos podem ser sintomas do Transtorno Desafiador Opositivo (TDO). Neste texto, vou te dar algumas dicas simples de como ajudar crianças com estes comportamentos.


Mas como diferenciar o transtorno de um caso corriqueiro de mau comportamento?  Crianças com TDO resistem intensamente a regras e imposições de autoridade. Apresentam dificuldade de controlar a raiva, parecem testar os limites dos pais a todo instante, se aborrecem com facilidade, e costumam reagir de forma agressiva.

Digo sempre aos pais que a dinâmica familiar pode reforçar um padrão de comportamento inadequado das crianças, mas que os cuidadores não devem se culpar pensando sobre onde erraram na educação de seu filho. As causas da manifestação do Transtorno Desafiador Opositivo são multifatoriais: influências hormonais, genéticas e neurofuncionais.


Como lidar, então, com as crianças desafiadoras? Primeira dica é: não deve haver um conflito de autoridade entre os cuidadores. Os pais devem concordar sempre com relação às regras e o cumprimento das rotinas diárias. Tenho percebido nos atendimentos clínicos que alguns pais e avós agem de formas bastante distintas quando a criança tem comportamentos inadequados, uns reforçando suas birras cedendo aos choros e gritos, e outros sendo muito punitivos. Muitos pais confundem limite e monitoramento com intolerância, autoritarismo e violência.


A segunda dica é: ao dar ordens, é importante falar de forma clara e objetiva evitando ficar se justificando. Procure olhar nos olhos e ser direto, se impondo sem ser agressivo. Os castigos têm pouca eficácia, mas a criança precisa ter limites e disciplina.

Ao invés de falar coisas do tipo “você não faz nada certo” ou “você não tem jeito”, procure fortalecer a autoestima de seu filho. É importante elogiar o que ele faz de bom e ressaltar mais seus acertos do que ficar falando reiteradamente de seus erros.


Outra dica é estimular a prática de esportes que ensinam conceitos básicos de respeito, moral, cooperação, e limites. Por fim, mantenha um canal de comunicação aberto com a escola para monitorar o comportamento da criança quando ela estiver fora de casa.


O tratamento do Transtorno Desafiador Opositivo pode incluir a psicoterapia numa abordagem cognitivo-comportamental, que busca melhorar as habilidades de resolução de problemas, de comunicação e controle de impulso. A terapia também promove mudanças dentro do ambiente doméstico, e visa melhorar também as habilidades de comunicação e as interações familiares.

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