Burnout: a síndrome que é causada pelo esgotamento no trabalho
- Sileli Santiago
- 13 de fev. de 2018
- 2 min de leitura

Acúmulo de tarefas, cobranças excessivas, perfeccionismo, tudo isso pode contribuir para que o trabalho se torne fonte de estresse. Quando isso acontece, a pessoa, antes competente e atenciosa, liga o piloto automático. No lugar da motivação, surgem irritação, falta de concentração, e desânimo. Esses são indícios de uma doença que tem gerado muito absenteísmo nas empresas. A síndrome de burnout, ou esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico cuja principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico.
Profissionais que trabalham diretamente com outras pessoas, assistindo-as ou como responsáveis pelo seu desenvolvimento e seu bem-estar, são mais suscetíveis ao desenvolvimento do Burnout. As pessoas que correm mais riscos de desenvolverem a síndrome são: professores, profissionais da área da saúde e dos recursos humanos, assistente social, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada.
Três características marcam a síndrome de burnout. A primeira é a exaustão. Há fraqueza, dores musculares e de cabeça, náuseas, alergias, queda de cabelo, distúrbios do sono, maior suscetibilidade a gripes e diminuição do desejo sexual. A segunda característica, com traços emocionais, liga-se à despersonalização ou ceticismo e distanciamento afetivo. O profissional passa a ter contato frio e irônico com os receptores do seu trabalho e, não raro, torna-se uma presença negativista. A terceira refere-se mais à produtividade, com baixo grau de satisfação pessoal.
O burnout é produto de fatores pessoais, profissionais e sociais. Entre as causas individuais destacam-se o perfeccionismo, que leva à busca de uma excelência às vezes impossível, e o idealismo em relação à profissão, cobrando um engajamento pessoal para além dos limites. Os fatores laborais que servem de gatilho são: demandas excessivas que ultrapassam a capacidade de realização, baixo nível de autonomia e de participação nas decisões, falta de apoio das chefias, sentimento de injustiça, impossibilidade de promoção, e conflitos com colegas.
A mudança pode vir por meio de psicoterapia, com a utilização de técnicas cognitivas e de relaxamento. O estresse atinge em algum momento a todos nós. Cabe a cada indivíduo treinar habilidades para o gerenciamento de danos.

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