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Você está sabotando o seu crescimento pessoal?

  • Foto do escritor: Sileli Santiago
    Sileli Santiago
  • 3 de jan. de 2020
  • 3 min de leitura


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Como você se trata? Que tipo de amigo é para você mesmo? Muitas pessoas são duras e muito críticas em relação a si, censurando ações passadas, alimentando inseguranças, se colocando para baixo ao invés de visualizar suas conquistas. Esteja a seu favor! Quanto maior nossa influência sobre uma pessoa, maior a responsabilidade de tratá-la bem. Quem é a pessoa que você pode mais afetar se não é você mesmo?


Você aprendeu que deve tratar as pessoas com compaixão. Esse “pessoas” inclui o sujeito que usa o crachá com o seu nome. Quando trata o outro com respeito e atenção, ele geralmente mostra o que tem de melhor. Se conseguisse se tratar assim o mesmo aconteceria. Se você pensasse em você como alguém de quem tem o dever de cuidar e com quem precisa ser bondoso, o que mudaria?


Pesquisas mostram que o aumento do autocuidado e da autocompaixão torna a pessoa mais capaz de atingir os seus objetivos porque aumento o amor-próprio e a ajuda a ser mais resiliente. Então procure se gratificar mais, e faça diariamente algumas coisas de que gosta. Eu diria: sentir cheiro de café, ler um bom livro, conversar com pessoas que me fazem sorrir, escutar gargalhada de criança, fazer Crossfit, atender os meus pacientes, ... O que está na sua lista? Não se trata de momentos grandiosos, mas das pequenas oportunidades reais de prazer. São as coisinhas miúdas acumuladas ao longo do tempo que fazem a maior diferença. Há um ditado no Tibete que diz: “Se você cuidar dos minutos, os anos cuidarão de si mesmo.”


Seu sistema nervoso foi projetado para ser alterado pelas suas experiências e elas dependem do seu foco de atenção. Você consegue manter a sua atenção nas diversas coisas que são agradáveis em seu dia, ou fica tomado por preocupações, autocriticas e ressentimentos, tornando isso tudo parte de você?


Devido ao viés da negatividade do cérebro, as experiências dolorosas e prejudiciais da vida assumem posição de destaque na consciência, enquanto as agradáveis e úteis se perdem no fundo. Cultive, então, experiências benéficas. Você pode simplesmente procurar perceber e se concentrar numa experiência que já está acontecendo, ou deliberadamente criar uma como ao fazer exercício físico ou conversar com alguém que você gosta. Pense nos diversos prazeres sensoriais que você pode ter hoje: escutar uma música, contemplar um quadro, sentir uma textura agradável e o gosto de uma fruta. Inclua prazeres íntimos como aprender algo interessante. Numa folha de papel, você pode fazer uma lista dos prazeres que experimenta diariamente e não dar tanta importância. É provável que tenha uma alegre surpresa com a quantidade de itens, na hora de deitar-se.


Os alarmes internos disparam quando não cumpre metas, e a liberação de dopamina se reduz no cérebro, aumentando a ansiedade. Mas com certeza você deixa de reconhecer e se gratificar pelas inúmeras metas conquistadas, como atravessar a rua com sucesso e conseguir aprender algo novo! O número de fracassos reais na vida é minúsculo quando comparado ao número imenso de metas cumpridas. Mas os fracassos são destacados no cérebro, associados a sentimentos dolorosos. O medo de fracassar aumenta quando a pessoa cresce cercada por críticas, e por uma crescente busca por um sucesso que está sempre fora de alcance. “Comprou o seu primeiro carro? Próximo ano você consegue um melhor!”.


Buscamos no futuro a felicidade, o que pode deixá-la fora de alcance. Seja grato hoje pelo que conquistou, pelas pessoas que tem ao seu lado e se importam com você, por estar saudável ou por ter garra para lutar. A gratidão faz você sentir algo bom hoje e não apenas amanhã. E quanto mais se sentir pleno de prazer, menos você se esforçará para obtê-lo fora de si. Parafraseando o Dalai Lama: “Se puder ser feliz quando os outros estão felizes, você sempre poderá ser feliz, pois sempre há alguém feliz em algum lugar”. O altruísmo também traz felicidade!

 
 
 

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