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Transtorno Obsessivo Compulsivo: quando uma mania vira doença

  • Foto do escritor: Sileli Santiago
    Sileli Santiago
  • 31 de mai. de 2018
  • 2 min de leitura


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Pensamentos recorrentes e persistentes acompanhados de rituais complexos e rígidos comprometem a qualidade de vida de quem tem TOC


Preocupar-se de forma excessiva com sujeira, germes e contaminação; sentir necessidade de verificar portas e gás; acumular grande quantidade de objetos sem utilidade; e apresentar preocupação exagerada com ordem, exatidão e alinhamento são alguns sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Mas esse transtorno é muito heterogêneo, e cada paciente apresenta sintomas distintos.


Pensamentos recorrentes e persistentes (obsessões) acompanhados de rituais complexos e rígidos (compulsões) comprometem a qualidade de vida de quem tem esta psicopatologia. Mas como diferenciar uma pessoa com TOC daquela que apenas gosta das coisas devidamente organizadas ou se preocupa bastante com limpeza? Se os rituais começarem a interferir na qualidade de vida, ocupar muito tempo e fizer o indivíduo se atrasar ou até desistir de seus compromissos é preciso buscar ajuda de um psicólogo da abordagem Cognitiva Comportamental. Os sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo raras vezes desaparecem espontaneamente, sem tratamento. Costumam durar a vida toda, e é difícil vencê-los sem ajuda de um terapeuta. Mas a Terapia Cognitiva Comportamental tem efetividade comprovada no tratamento dos sintomas de TOC.


Quem tem TOC geralmente apresenta uma menor confiança na memória em situações que envolvem responsabilidade, e possuem crenças relacionadas ao perfeccionismo e a necessidade de ter certeza. Também apresentam déficits em várias funções neurocognitivas como na focalização da atenção, nas tomadas de decisões, e no planejamento de curto e longo prazos.


O paciente com TOC geralmente leva muitos anos até buscar tratamento, em grande parte pela vergonha que sente em relação aos sintomas; por acreditar que ninguém irá compreendê-lo; por não identificar que seus comportamentos repetitivos, popularmente considerados “manias” são, na verdade, sintomas do TOC; ou por desacreditar que possa se libertar dos rituais e das obsessões.


A ajuda dos familiares é muito importante no tratamento do paciente com TOC. Muitas atitudes deles como apoiar a realização de rituais, reassegurar o sujeito diante de suas dúvidas, e responder perguntas repetidamente têm uma função semelhante aos rituais e às evitações: provocam alívio temporário da ansiedade associada às obsessões, e evitam a exposição. O sucesso em obter alívio induz o indivíduo a repetir tais atos sempre que tiver obsessões. A repetição impede o enfrentamento dos medos e seu desaparecimento natural por meio da habituação. Esse é um fenômeno responsável pelo fato de se tolerar e até deixar de sentir estímulos desagradáveis ou desconfortáveis.


O esforço de negar as vontades e agir com firmeza deve ser orientado pelo profissional de saúde. Ao longo da terapia o paciente é incentivado a questionar seus pensamentos e modificar os comportamentos. Se você acredita que possa ter o Transtorno Obsessivo Compulsivo procure ajuda de um psicólogo.


 
 
 

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